Cheguei cedo para o churrasco na fazendo de um amigo no interior. Quando cheguei a cozinheira atarefada me disse: “Ainda bem que o senhor chegou! A carne está na churrasqueira lá no fundo e eu tenho que olhar o arroz e o feijão e ainda fazer a farofa. E eu fico correndo daqui pra lá e o feijão começou a queimar. Isso não dá certo! Dois sentidos não assam milho!”
Ouvi aquilo com atenção e fiquei pensando no que significa aquele “Dois sentidos não assam milho...” Perguntei à velha cozinheira e ela me deu uma verdadeira aula de “FOCO”. Ela me disse “As coisas só dão certo quando a gente presta atenção numa coisa de cada vez. As coisas só dão certo quando a gente faz uma coisa de cada vez. Não adianta querer fazer as coisas com dois sentidos (Isto é direção). A gente tem que ter um sentido só, uma direção só. Tem gente que quer ir aqui e ali ao mesmo tempo e acaba não indo pra lugar nenhum. E o milho não assa! E o milho queima!”. E eu fiquei pensando na sabedoria popular. Na sabedoria popular dos mais velhos. Na sabedoria das pessoas simples. A gente estuda, lê livros complicados, faz cursos no mundo inteiro, para muitas vezes nem chegar perto da sabedoria de uma senhora analfabeta que com “Bom Senso” diz e sabe das coisas que realmente importam na vida.
As maiores autoridades mundiais em administração e gestão hoje falam da importância do “Foco” para pessoas e empresas. As empresas e pessoas têm que ter “Foco”, isto é, concentrar-se nas suas fortalezas. A falta de foco faz com que as empresas não consigam formar a necessária “Identidade” de marca na cabeça de seus clientes. Sem foco as pessoas não conseguem se desenvolver, investir em si próprias, ter sucesso.
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